Eu estava caminhando num corredor, com a mulher que me deixou, e de repente vi meu vô, Edvino, que morreu, vindo. Eu disse para ela "Olha, é o meu vô!". E então eu disse para ele "Vô, essa é que é a Madi!".
domingo, abril 27, 2003
terça-feira, abril 08, 2003
Guerra das Malvinas. Eu estava de visita ao litoral argentino, e os soldados passavam para lá e para cá. Ali exatamente por onde eu caminhava eram os nativos que se movimentavam. No meio do caminho, no chão, avistei um capacete do Falcon. Juntei. Olhei em volta e, na sombra de uma arvorezinha, havia os capacetes dos outros dois bonecos que eu tinha quando era criança (e ainda tenho, só que as juntas de borracha secaram e se desintegraram): o vermelho com espada dourada e o cinza com capa preta e luzinha no peito, parecido com o Rordak, da She-Ra. Mais ao lado, havia um relógio enterrado num mini-buraquinho. Estavam marcadas duas chamadas não atendidas. A nome da dona do relógio estava no visor: Samantha Carvalho. Meus amigos foram em direção ao shopping e eu pensei não, eu vou esperar ela aparecer. E apareceu, e foi logo me beijando na boca, sem objetividade. Senti que eu estava cheio de areia e fui até a beira do mar para me limpar. Fui atrás da água e ela fugia de mim, com o repuxo. A Samantha veio atrás e eu disse para ela me esperar. Até que a onda veio e me levou até onde ela estava. Nos abraçamos encaixadamente e assim ficamos por minutos. Ainda abraçados, balancei os pés para ficarem descalços e os coloquei em cima dos dela. Como era bom sentir as costas dela com as minhas mãos.
sexta-feira, abril 04, 2003
Eu estava numa casa com algumas crianças do tempo da infância da família da Mônica e outras do tempo de Brasília da família da Madi. A casa foi cercada por pessoas que queriam matar os que estavam dentro dela. Não havia por onde escapar. Uma hora eles entraram e nos colocaram na caixa de um caminhão fechado. Com o veículo em movimento, eu abri a porta de trás e saltei. Era Canoas. Perguntei para alguém na rua como eu fazia para ir em direção ao São Leopoldo. Respondeu-me que naquela hora, de madrugada, não havia como sair daquele local, que por todos os lados havia marginais fazendo barreiras que viravam ônibus e carros e os saqueavam.
quinta-feira, abril 03, 2003
Ela estava deitada. Meio de lado, meio de costas para mim. Era a Aline Bender. Começamos silenciosamente a encaminhar o sexo. Quando penetrei, naquela conveniente posição, ela virou o rosto até mim e a sua expressão de prazer me iluminou. Era ela mesmo: a Aline, primeira e grande e longa paixão da minha vida que, finalmente, depois da pré-adolescência em que convivemos, eu vim a desfrutar de reciprocidade. Mesmo que por alguns instantes de êxtase, do maior êxtase do mundo.
Havia um show-ensaio do De Falla. A sala era feita de madeira. A iluminação, meio escassa. Da porta, vinha a luz natural do sol. Saí por ela, e fora dela era uma pequena plataforma de madeiras não-juntas, de modo que dava para ver a água por baixo. Por baixo, mas também ao redor: era tudo água. E uma água uniforme, toda ela da mesma cor, cinza-azulado-escuro, com ondinhas macias que não quebravam a harmonia perfeita. Imergi minha mão nela.
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