segunda-feira, abril 29, 2002

Agora foi o Martin Scorcese que eu conheci pessoalmente. Ele estava na casa do pai da Madi. Pensamos em ir para a sala. Pensamos "Não, pode dar azar", porque brigas haviam acontecido ali recentemente. Mas aí eu avistei os super-heróis que estavam na sala e disse "Ah, mas eles estão nos protegendo". Tinha o Capitão América de plástico vermelho, levantando o escudo, e o Thor em plástico azul, levantando o martelo. Scorcese, aquele do Casino. Perguntei para ele "Do you know that Luis Fernando Verissimo have a jazz band?". Completei dizendo que o som é fraquinho, jazz de churrascaria.

Fui numa locadora onde haveria demonstração de um filme pornô. Tinha que subir uma escadinha; algumas crianças tentaram me seguir, mas não conseguiram. Talvez a escadinha servisse para isso: censura. As duplas de atores estavam dispostas num grande círculo oval, como se fosse uma polonaise (dança adotada pelo tradicionalismo gaúcho). Pude ver o cara que ejacula forte como um chuveiro ejaculando forte como um chuveiro na cara da mulher que foi no Jô falar sobre os filmes "eróticos". (Ela era atriz e agora dirige filmes. Um dos "seus" atores é o do chuveiro. Contou que as mulheres sofrem para fazer sexo anal - a primeira vez dela foi para um filme e foi muito difícil - e os homens, para agüentar em média uma hora sem gozar.) Eu achei realmente excitante a mulher com a cara completamente tomada de plasmas, como se tivesse tomado um banho.
Um deputado distrital me pediu alguma coisa no estacionamento ao ar livre do shopping Praia de Belas, em Porto Alegre, e eu estava com vontade de mijar. O banheiro masculino estava cheio de mulheres, mijando de pé, e para isso elas estavam sem as calças e as calcinhas. Havia alguns homens também, um deles era eu. Mijei.

sexta-feira, abril 26, 2002

Eu e mais duas pessoas nos reunimos numa sala de quarto de hotel com uma pessoa suspeita. Por isso armas foram distribuídas entre nós três, para precaução. Ganhei um revólver preto. O suspeito mostrou que sua arma era silenciosa, pois soltava pregos. Na conversa, fiquei cuidando ele falar. De repente, minha arma era uma caixinha que soltava pregos bem fininhos, como agulhas. E de repente, cheguei à conclusão de que o cara era realmente um assassino e comecei a atirar as agulhas nele. Atirei dezenas. Não dava para ver se estavam fazendo efeito, pois ele não se mexia, não gemia e tinha um saco de papelão na cabeça. Depois fiquei pensando como eu havia chegado àquela conclusão, já que eu não me lembrava de nada que a indicasse. O cara se levantou e veio com tudo, e eu e a Madi corremos para o quarto e tentamos segurar a porta. A cama estava perto da porta, e isso facilitou, pois eu podia calçar o pé na cama. A porta tinha uma fechadura antiga, no estilo do roupeiro dos meus pais, que ficou com o meu pai na separação.
Uma espécie de holograma da Wynona Rider estava tentando seduzir a Wynona Rider. Veio alguém com uma cruz, ostentou-a, e a imagem holográfica tentadora e sedutora começou a se contorcer e a distorcer.
A Cameron Diaz, a Madonna e a Drew Barrymore fizeram sexo no programa do Faustão ou da Xuxa. Talvez uma delas fosse a Kate Winslet. Uma delas deitou e começou a se mexer sensualmente e baixar a calça ou saia, mostrando os pêlos. Depois as outras vieram. A Madonna estava mexendo com os dedos nos mamilos de uma das outras. E a outra das outras estava lambendo a Madonna por trás. Encontrei duas delas depois numa festa e disse - Girls, you make (sic) history in the brazilian TV.

segunda-feira, abril 22, 2002

A Madi saiu e eu fiquei lendo a Zero Hora em cima do meu carro. Acho que umas páginas voaram e eu corri para buscar. Quando tornei a me voltar para o carro três homens estavam o cercando. Um deles cravou nas costas da minha mão esquerda uma arma caseira. Era um palito de dente preso transversalmente num pedaço de palito de picolé. Ele deixou o palito cravado e eu tive que arrancá-lo. Então eu resolvi dirigir até o aeroporto para espairecer. Peguei a rua errada, era a pista dos aviões, e um quase bateu em mim. Dei meia volta e estacionei em algum lugar. Meu carro agora era um Maverick. Saí do carro e, quando fui entrar de novo, mais um assaltante. Ele sentou no banco do caroneiro e pegou minha carteira. Eu disse:

- Eu já fui assaltado hoje, essa é a segunda vez! - como quem diz "Você não pode fazer isso comigo".

- Em que região? - disse ele, querendo dizer que só poderia retroceder aquele assalto se eu já tivesse sido assaltado naquela região onde estávamos no momento.

- Você não pode deixar pelo menos uma nota de 10 para a Madi não ficar tão triste?

Ele saiu para fazer alguma coisa, e nessa hora a gente estava na frente da casa onde eu morava no morro em Parobé. Percebi a minha chance, entrei no carro e tentei dar a partida. Foi difícil conseguir, e até fechar a porta não estava fácil. Mas parece que eu consegui arrancar e ir para casa de uma vez. (Nada mais seguro e confortante do que a própria casa, a própria cama. É uma relação que se cria na infância, penso eu, já que naquela idade a casa é o nosso único mundo. Tem a ver também com acostumar-se com aquelas coisas e que as coisas foram escolhidas por nós.)
No apartamento grande do pai da Madi a família grande está sempre reunida. Eu estava andando pelo apartamento e de repente me dei conta de que estava pelado. Fui para o quarto me vestir, mas não fechei a porta. Duas meninas chegaram na porta e eu disse "Espera, eu estou pelado". Elas não se importaram e entraram e ficaram me vendo pelado. Eu tentava vestir uma cueca e não conseguia. Partia para outra, e não conseguia também. Elas estavam rasgadas e minha perna entrava pelo buraco errado, se enredava pelos rasgos.

sexta-feira, abril 19, 2002

De novo marimbondos. Eles me perseguem. É uma das coisas que mais me dão medo. E dessa vez era um enorme, grandão mesmo. Eu tive que me trancar no quarto, me isolar das pessoas por causa do monstro. E ele só vinha pra cima de mim, os outros não existiam pra ele.

Mas antes do marimbondo eu tava vendo um fichariozinho que eu tinha feito com o Douglas mas que tinha ficado na casa de um amigo meu que eu não via fazia muito tempo. O fichário tinha minifichas onde a gente anotava tudo de interessante que os amigos falavam. Tinha uma pastinha pra cada um e dentro os papeizinhos com as falas e as datas. Quando a gente foi reler tinha muita coisa divertida, que ninguém mais lembrava.

Ah! E numa outra hora eu estava com o Douglas e o Leonardo e o Marcos passou, e ele estava vestindo uma blusa colante e sem mangas, vermelha do mesmo tecido da minha saia. Ficou bem engraçado assim.

quinta-feira, abril 18, 2002

Eu tava na padaria olhando umas botas que estavam à venda numa prateleira, eu tava com a intenção de pedir pra me darem uma delas, quando chegou o Ramon. Ele tava completamente glam, com uma roupa cheia de babados. Tava bem bonito. Logo chegou o Leobrit com seus amigos, e os dois enfim se conheceram.

terça-feira, abril 16, 2002

No apartamento grande do pai da Madi a família grande está sempre reunida. Eu estava pelado, e os adultos estavam putos porque eu estava pelado na frente das crianças. Queriam que eu saísse dali ou colocasse a roupa. E eu dizia "Mas eu só estou pelado, mas eu só estou pelado". A malícia estava, para variar, nos adultos, pois as crianças não estavam se importando, estavam achando natural. Malícia não existe, é cultural.

terça-feira, abril 09, 2002

Eu e a Madi estávamos na casa pequena de alguém importante, em razão do seu aniversário. Os convidados iam chegando, e um deles era o Eric Idle. (Integrante do Monty Python, grupo inglês de humor nonsense que começou nos anos 70 na BBC TV. Depois que eles pararam de atuar juntos, Eric fez os filmes Quem Não Herda Fica Na Mesma, com Rick Moranis e o ex-colega John Cleese, e Gasparzinho, com Cristina Ricci e Bill Pullman.) Cutuquei ele com o cotovelo e disse "Say no more" e "Nut-nut". Ele retribuiu. Na sala da casa estavam ele e a mulher dele junto com o(a) aniversariante. Eram uns três sofás. Sentamos ali também para ver mais o Eric. Eu, a Madi e a Cristiane, uma amiga de quando eu morava em Parobé, colega do grupo de dança do CTG, ex-apaixonada por mim. Enquanto prestávamos atenção no Eric, eu passava a mão na perna da Cristiane, entre o joelho e a coxa.

Depois eu e ela saímos pelas escadas do prédio para achar um lugar reservado. Tentamos também pelos telhados e muros das casas vizinhas. Em seguida na beira do mar, só que não havia beira, porque o mar vinha até as casas. A gente se beijou em algum desses lugares, mas não parou em nenhum deles por não achar adequado. Molhado pela água salgada, a gente ia se beijar quando eu senti que tinha algo diferente. Olhei em volta, não vi nada. Olhei de novo, e era minha minha mãe ali dizendo que estava indo embora, e a gente estava no carro dela. Minha vó estava junto. O caminho para o carro era uma descida. Caminhava junto também a Melise, amiga da mesma época e colega do mesmo lugar. E eu andava com a mão esquerda na perna direita da Cristiane e a mão direita na perna esquerda da Melise. Depois levei a mão direita até o meio das pernas da Melise e já estava começando a botar para dentro quando ela disse que não podia porque estava grávida. Então ela colocou a mão dela para dentro da minha cueca e começou a mexer no meu pau.

sexta-feira, abril 05, 2002

No mesmo dia, a Joana foi me visitar no meu local de trabalho. Ela tinha uma tatuagem invisível no peito e umas outras pequenininhas espalhadas. Uma era uma joaninha no braço. Mas o mais legal é que ela tinha dois piercings na pele que fica cobrindo a clavícula. Muito bonito. Só que ela tinha a clavícula nas costas.

quinta-feira, abril 04, 2002

Eu estava em Brasília, numa casa desconhecida. Nela estavam o Rômulo, irmão da Madi, e a própria Madi, dormindo num dos quartos. Fui num banheiro que parecia de restaurante. Tinha a porta com a metade de baixo feita de madeira e a metade de cima feita de vidro. Por isso não consegui mijar, os outros podiam me ver. Encontrei, na saída, um cara que se disse meu fã. Era tanto o carinho dele por mim que cogitei transar com o cara. Imaginei a bunda dele lisinha (adjetivo feio, clichê, mas não há equivalente), como se fosse uma mulher. Nos fundos da casa havia umas peças mirabolantes. Passei por lá e me enchi de teias de aranha. O carinha me mostrou um bosque de taquareiras que era um labirinto. Era um clima mágico de frescor.
Minha mãe e eu estávamos indo de carro numa pista de rodovia em que os carros só vão, quando de repente um veio, de frente. Eu sabia que ele ia bater. Fiquei olhando para trás, demorou um pouco, mas bateu. Mais de cinco carros bateram por causa dele. Chegamos no aeroporto eu e a Madi. No estacionamento, estavam aproximando-se de nós as duas melhores amigas da Madi, de Recife: Roberta e Joana. A Roberta me deu três beijinhos, e a Joana, um selinho. Fui comprar minha passagem e, chegando no guichê, lembrei que eu não havia feito reserva. Não havia lugar em vôos imediatos. Eu queria um bilhete para São Paulo, mas na verdade eu não sabia o que eu queria fazer lá. Acabei desistindo. Fomos os quatro comer, sentamos ao redor de uma mesa. Em seguida fui visitar o Colégio Santa Teresinha, em Taquara, onde estudei antes da universidade. Da janela da sala onde passei o primeiro ano do segundo grau, eu vi, no pátio, o Titinho e o Neto sorrindo para todos e apertando as mãos, na eterna bitolação política da família deles. Encontrei depois, já lá embaixo, no pátio da escola, os ex-colegas Leonardo, Paulo e Pimpolho.
Estávamos numa casa desconhecida, vários amigos reunidos como se fosse numa casa de praia, passando férias. O Marcos andava todo triste sorumbático, eu via que ele não estava bem. Ele me chamou pra passear com ele, acho que ele queria conversar, mas por algum motivo eu acabei não indo, e ele foi caminhar sozinho. Pouco depois voltou ele com sua mãe. Estava chuviscando, e ela tava com um guarda-chuva improvisado cobrindo a cabeça com um banquinho de pernas pro ar com um bichinho de pelúcia pendurado. Ela trazia uma garrafa de dois litros de refrigerante cheia de água, porque ela estava preocupada que o Marcos não estava se alimentando direito. Quando ele chegou fui conversar pra ver o que ele tinha. Ele tava realmente muito abalado. Tinha caminhado até a ilha do paraguai (sic) e tinha visto lá um canguru muito nervoso, estressado. Logo depois ele pegou uma garrafa de cerveja bem gelada e ofereceu para um canguru dentro de casa, e o canguru saiu correndo de medo, assustado. "Até os cangurus estão estressados hoje em dia. O mundo tá uma merda."

segunda-feira, abril 01, 2002

O Pimenta quebrou a tarracha do meu violão pequeno. Então nós estivemos na loja para ele comprar uma substituta. Enquanto isso, meu pai desparafusava a peça quebrada para a troca. Quando terminou de rodar, a peça caiu no chão. Abaixei-me para juntar e tive que procurá-la. Encontrei no chão no escuro uma prostituta. Ela me levou para a casa onde trabalha. Abaixou minha bermuda e minha cueca, mas teve que fazer outra coisa e eu fiquei esperando. Inquieto, procurei por ela nos aposentos da casa. Ela estava numa cama com mais uma mulher e um homem. Havia iluminação neles e em volta era escuro. O homem tinha o pau pequeno e a mulher estava sentando com o cu nele. A minha amiga estava à direita dos dois, masturbando-se. Eu estava em volta olhando e tive que cuidar para não bater numas garrafas de dois litros de plástico, cheias de água, que estavam penduradas no teto e ficavam na altura da cabeça. Achei que estava ficando tarde, já era noite, e eu tinha que pegar o ônibus de volta ao Centro de Porto Alegre. Fui até a rua, mas desisti; voltei. Passei por um quarto que estava cheio de meninas com menos de 18 anos lambendo os seios umas das outras ainda em crescimento. Saí dali e voltei a esperar no quarto da minha amiga. Ela recebeu uma caixinha, um anel de noivado. Fiquei com ciúme. Mas quando já não tinha mais esperança, ela apareceu nua, deitada, e eu sentei em cima dela, na barriga. Ela esfregou esperma no rosto, esperma que veio do nada, do além. Então eu sentei mais para frente, para ela me lamber.